sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Quem sou?

Fotografia de Paulo César

Quando à noite sentires a brisa do vento no ouvido e parecer que te quer dizer algo...
Sou eu a pensar em ti...
A sussurrar-te ao ouvido: “sente, absorve a brisa da vida”.
Quando te sentires triste… imagina as ondas do mar, livres, desordenadas.
Imagina o sol a sorrir para o mar.
Imagina que o vento te conta um segredo: “alguém pensa em ti, alguém te ama”.
Não estejas triste, o coração bate, generoso, do tamanho do mundo.
Quando as coisas não correrem bem... Sente, abre os olhos do coração.
A vida ama-te... Alguém te quer ver feliz... Alguém precisa do teu sorriso.
Será que não mereces que a felicidade te preencha? Abre a janela.
Quando alguém te magoar: procura entender, ninguém é perfeito e só não erra quem não tenta.
... O desígnio está em saber perdoar, saber pedir perdão e no cometimento em evitar cometer os mesmos erros.
Quando tiveres dúvidas... Não faz mal teres dúvidas, medos, receios.
Recorda-te sempre: os principais medos estão dentro de nós... Não são reais.
Quando não souberes quem eu sou...

By Carlos D.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este texto recordou-me um poema que adoro...

A Carícia Perdida

Se nos olhos te beijarem esta noite, viajante,
Se estremece os ramos um doce suspirar,
Se te aperta os dedos uma mão pequena
Que te toma e te deixa, que te engana e se vai.
Se não vês essa mão, nem essa boca que beija,
Se é o ar quem tece a ilusão de beijar,
Ah, viajante, que tens como o céu os olhos,
No vento fundida, me reconhecerás?

Alfonsina Storni